sábado, 27 de outubro de 2012

"O MAIS EFÉMERO", por Isabel Rosete, in "ENTRE-CORPOS"



"Grávida do mais profundo silêncio
Ainda escuto a tua voz, meu Amor,
De um timbre inigualável,
De abalos momentâneos,
De imediatos entusiasmos de impulsividade,
De um querer que assim que é
Deixa logo de o ser.

Em mim reina o mais efémero
De todos os efémeros sentimentos
De uma vontade in-constante.

Suave, subtil, encantatório,
Por instantes, levas-me pela tua mão,
Meu Amor, para os intrincados labirintos
Da Paixão onde nada se aquieta.

O círculo do Prazer e da ausência da Dor,
Também da Felicidade e da Solidão,
Dos espasmos das recordações,
Dos perturbantes fluxos da memória...
Sempre se ergue, ciclicamente, numa harmonia 
Interpolada de encontros e desvios orgásticos,
Que a Alma intrigam e o Corpo excitam
E incitam, à mais plena fusão."

Isabel Rosete, in "ENTRE-CORPOS" 
Desenho: Mário Branco, 2001

"TEMPESTADES", por Isabel Rosete


 Ao poeta Rainer Maria Rilke

"Beber o Sol na secura de um Oásis desconhecido
Onde a água brota límpida, transparente,
Pura... de todas as fontes,
Essas de que fala Rainer Maria Rilke,
O Poeta da Vida e da Morte, numa face só,
De onde se alimentam e crescem todas as Rosas.
As suadas bocas dos amantes refrescam,
Sem cessar; os corações apertados,
Abrem, sem parar, por entre as intensas
Tempestades de areia branca, para os segredos Insondáveis da Existência que,
Pela beleza do Amor, se alimentam e eternizam."

Isabel Rosete, in "ENTRE-CORPOS"
Escrevendo mais uma dedicatória personalizada, não um autógrafo, num dos exemplares do meu/vosso livro "ENTRE-CORPOS".
Livraria FNAC, Centro Comercial NorteSchoping, Matosinhos, Porto, Portugal, 2012.
Grata a todos os presentes.
Saudações poéticas,
Isabel Rosete
Eu, Isabel Rosete, em mais uma sessão de apresentação do meu/vosso livro "ENTRE-CORPOS", na livraria FNAC do Nortshoping, Matosinhos,Porto, Portugal,2012.
A JOSÉ SARAMAGO: "DA CEGUEIRA DAS MENTES BRANCAS" - Mais um poema de "ENTRE-CORPOS" escrito e dito por mim.



No final da sessão de "ENTRE-CORPOS", na conversa com o público, que muito bem me acolheu.
Muito obrigada pela vosso carinho.

Sessão de "ENTRE-CORPOS" no Café-Bar Olimpo com o "Projecto Poesia de Choque", Porto, 2012.

"LÁGRIMAS MÓRBIDAS",de/por Isabel Rosete, in "ENTRE-CORPOS"



quinta-feira, 17 de maio de 2012



É com muito carinho e consideração que convidamos V. Exª, família e amigos, para o lançamento do livro "ENTRE-CORPOS", de Isabel Rosete, a realizar no dia 19 de MAIO de 2012, SÁBADO, às 17.30 h, na Livraria FNAC, Centro Comercial COLOMBO, LISBOA.
Apresentação da obra e declamação de poesia pela autora.
Saudações poético-filosóficas,
Isabel Rosete

sexta-feira, 4 de maio de 2012



Depois da Morte
(Poema de "Entre-Corpos")



Não sabeis que a Vida e a Morte,
Que a Morte e o Amor se completam,
Pobres gentes de rosto encoberto?

O que fazeis neste Mundo,
Enfermos vivos, farrapos de Nada,
Se o outro não vos espera mais?

E mesmo que um outro Mundo exista,
Não sabeis que lá, nesse outro,
Seja ele qual for, não tendes lugar?

Sois apátridas, sois atopos,
Meros pedaços difundidos, sem ordem,
Sem autoridade, seja lá para o que for.

Não viveis. Apenas vegetais, em parte incerta,
De um modo qualquer que não é, nem o vosso,
Nem o de ninguém, porque ninguém sois.

Isabel Rosete

CONVITE para a 7ª Sessão de apresentação do meu/vosso livro "ENTRE-CORPOS"




Brilho opaco
(Poema de "Entre-Corpos")


O que esperais depois do Amor?

A fumaça dos cigarros
Que libertam o relaxamento
Da tensão do prazer?
A frustração de uma paixão não resolvida
Que fustiga o cérebro?
O desespero inaudível que se escuta
Na cadência inesperada da Morte do Amor?

O que esperais depois do Amor?

O silêncio da Alma que diz o não-dito,
O que ficou por dizer
No Corpo ainda estremecido?
A resposta inexistente
Que permanece aberta por entre
O suor, o riso e as lágrimas?

O brilho opaco das secreções que restam
Espalhadas nos lençóis enlaçados
De uma cama desfeita?
O cheiro molhado
Dos corpos exaustos e amortecidos?

Uma outra erupção libidinal que reinicia
Mais um ciclo de cio?
O não do esgotamento da semente que,
Teimosamente, não fermenta?

O que esperais depois do Amor?

Isabel Rosete