sábado, 5 de novembro de 2011

Notas sobre a escrita de “ENTRE-CORPOS”, por Isabel Rosete
1.    Eleva-se o Dizer que o Sentir comanda. Não há limitações para o Verbo que vivifica cada corpo, que ilumina cada alma, que nos faz estremecer de corpo e alma, porque mostra o íntimo autêntico, transparente, do ser que somos, para além da Hipocrisia, do Preconceito, das Máscaras que o Social nos quer impor em nome de um "correcto" que castra a Identidade;
2.    Agarro as palavras, escritas e ditas, com a mão fechada, com uma força imensa (aquele que sempre me move em todas as situações da minha vida), para logo a abrir e as doar a todos a quem passam a pertencer. As palavras, assim sentidas, são o motor do desenvolvimento, do crescimento e da mudança, que sempre urge no escritor e a que se dirige.
3.    O papel é o contínuo resguardo da Memória do que não pode deixar de ser dito. Informo, sempre, os meus futuros leitores das teses que me levam à escrita, como leitora e crítica da minha própria obra, que deixa de ser minha aquando depositada nas suas mãos;
4.       As palavras profundamente pensadas, sentidas e ditas, elevam-se em mim e para além de mim. Assim me comunico e partilho, de corpo e alma sempre unidos, num mesmo estado de combustão com todos os outros.
Isabel Rosete
30/10/2011

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