quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Impetuoso, o teu corpo é como um rio
Onde o meu se perde (...)
Passamos pelas coisas sem as ver,
Gastos como animais envelhecidos;
Se alguém chama por nós não respondemos,
Se alguém nos pede amor não estremecemos:
Como frutos de sombra sem sabor
Vamos caindo ao chão apodrecidos.

Eugénio de Andrade[1]


[1] Eugénio de Andrade, “As Mãos e os Frutos”, pp. 57 e 97.

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