Uma pequena mostra do interior de "ENTRE-CORPOS":
«Mãos macias são as tuas, meu Amor,
Deslizando pelos contornos do meu
Corpo débil, frágil, encolhido…
No majestoso calor que elas emanam em mim.
Sobem e descem, as tuas mãos, meu Amor,
Dentro e fora de mim,
Em movimentos ora singelos e leves,
Ora intensos e extasiantes.
Arrepiam-me até aos confins
De todos os meus poros,
Até ao mais íntimo da minha alma
Acalentada pelo teu cheiro, ímpar,
Que em mim penetra e fica
Como um fóssil
Por todo o meu corpo estendido.
Emaranho-me nas tuas mãos, meu Amor,
Como num lençol de cetim vermelho,
Fresco, escorregadio… raiando de sensualidade
Por onde os nossos corpos deslizam,
Suados e consolados, pelo prazer do Amor.
Assim te quero, assim te desejo, meu Amor,
Por entre as tuas mãos que o meu corpo conhecem
Nos mais finos detalhes, até nos mais encobertos.
Nunca deixarei de te amar, meu Amor,
Mesmo que as tuas mãos pereçam
E nunca mais me toquem.»
Isabel Rosete, in "ENTRE-CORPOS", Edições Ecopy, 2011
Ilustração: Mário Branco, "Sem Título",2007
É um belo poema com uma sensualidade que desliza pela pele suavemente.
ResponderEliminarGosto muito deste seu comentário. Muito obrigada.
EliminarRelendo....fascinou-me a subtileza das palavras roçando o erotismo, mas com uma classe plena de beleza.
ResponderEliminarFoi mesmo esse efeito que pretendi fazer notar no leitor deste e de outros poemas do género.
ResponderEliminarGrata pela sua presença aqui.
Porra...Adorei porque provocou sensações em mim...Grato minha querida.
ResponderEliminarGrata eu, meu querido amigo.
EliminarSensações provocam sensações.